[Intro]
E||
B||
G|420420420|
D|02002002002|
A|32323|
E||
O que é que pode fazer, o homem comum
Neste presente instante, senão sangrar
Tentar inaugurar a vida comovida
Inteiramente livre, e triunfante?
O que é que eu posso fazer, com a minha
Juventude - quando a máxima saúde hoje
É pretender, usar a voz?
O que é que eu posso fazer - um simples
Cantador das coisas do porão? Deus fez
Os cães da rua pra morder vocês, que sob a
Luz da lua, os tratam como gente é
Claro! - aos pontapés
Era uma vez um homem e seu tempo
Botas de sangue nas roupas de Lorca
Olho de frente a cara do presente e sei
Que vou ouvir a mesma história porca
Não há motivo para festa: ora esta! Eu
Não sei rir a toa!
Fique você com a mente positiva, eu
Quero a voz ativa (ela é que é uma boa!)
Pois sou uma pessoa
Esta é minha canoa: eu nela embarco
Eu sou pessoa!
A palavra "pessoa" hoje não soa bem
Pouco me importa!
Não! Você não me impediu, de ser feliz!
Nunca jamais bateu a porta em meu nariz!
Ninguém é gente!
Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca
Houve!
Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
Não sou da nação dos condenados!
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem
Conheço o meu luga___________ar!