Súbito me encantou a moça em contraluz 
    
Arrisquei perguntar: quem és? 
Mas fraquejou a voz 
  
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
    
Como quem desatasse um nó 
   
Soprei seu rosto sem pensar 
  
 o rosto se desfez em pó   
Por encanto voltou 
Cantando a meia voz 
    
Súbito perguntei: quem és? 
Mas oscilou a luz 
  
Fugia devagar de mim 
   
E quando a segurei, gemeu 
   
O seu vestido se partiu 
  
E o rosto já não era o seu 
  
Há de haver algum lugar 
 
Um confuso casarão 
   
Onde os sonhos serão reais e a vida não 
  Por ali reinaria meu bem
 
Com seus risos, seus ais, sua tez 
E uma cama onde à noite 
 
Sonhasse comigo 
   
Talvez 
  
Um lugar deve existir 
 
Uma espécie de bazar 
 
Onde os sonhos extraviados 
  Vão parar  
Entre escadas que fogem dos pés 
 
E relógios que rodam pra trás 
 
Se eu pudesse encontrar meu amor 
  [    
Não voltava.....jamais   ]
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