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Quem os vê ao longe, caminhando lado a lado,
Crê, por tal estado que se trata de um casal.
Ela, moça fina, mais mulher do que menina;
Ele, já grisalho, de agasalho, coisa e tal.
E aos passos lentos, desatentos as pessoas,
Como se nesse tempo fosse feito só pra os dois.
Ricos os momentos, relembrando coisas boas.
E o que vem depois, depois...
Eu, que já os conheço, sei a história por outro lado
Ela é sua filha; ele, o pai que adotou.
Lá nos tempos idos, que chamamos de passado,
Ela, abandonada, teve um lar que abraçou.
E pra quem não tinha, nem futuro, nem presente,
Deu-se, de repente, nova chance de viver.
Ele e sua esposa, mesmo sacrificialmente,
Deram pra menina teto e pão, razão de ser,
Como o Deus, o Pai, a nós tem feito cada dia
Nós, que desgarrados, mal sabemos caminhar,
Deu-nos o Seu nome e adotou-nos na família,
E nos fez pra sempre um lar.
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