Sorria, sorria, sorria você está sendo filmado Não faça nada errado Celulares me tornaram,
uma espécie de soldado Que espera sempre o caos pra usar como cenário
Vadias, vadias, vadias eu filmo a sua dança Minha lente sempre alcança A marca do biquíni,
a calça agarrada Depois botar na rede e mostrar pra rapaziada
As brigas, as brigas, as brigas elas eu nunca aparto Adoro vias de fato, espero pelo sangue
Minhas lentes querem a chance De botar lá no Datena um vídeo que seja chocante
Não não uso olhos para ver
A minha consciência perdi na adolescência Bombardeado por novelas que mataram minha
inocência A violência foi vendida, a nudez oferecida Agora é minha vez de fazer filme com a minha vida
Filme de supermercado mostra uma execução Dez tiros no sujeito sem tempo de reação
A câmera no prédio flagrou aquela menina Recebendo de uma rapaz que pede a alma feminina
Violência banalizada e oferecida sem restrição Nutrem os calos da alma que já não se
importam com esta visão Banda podre do mundo mostrada sem cortes e sem figurino Se torna
o passatempo de muitos meninos