Na antiguidade nas grandes embarcações
                                       
Enquanto os navios navegavam em auto mar
Homens que não tinham nome
Nem se quer apareciam
                                
Estavam nos porões a remar
                                               
Todos viam a embarcação se locomover
                                                
Mas o segredo nem sempre queriam contar
"E qual é o segredo?"
Homens que não tinham nome
Nem se quer apareciam
                                
Estavam nos porões a remar
Anônimos
                                                         
Que seu nome nem sempre vai ao outdoor
                                                          
Mas passam madrugadas inteiras com a face no pó
                                                           
Sem microfone nem internet pra fazer divulgação
Anônimos
                                                        
Que clamam, choram por salvação de almas
                                                 
E quando o coração se turba só Deus lhe acalma
                                                                                                 
Mas não perde uma madrugada em um momento de oração
                     
Anônimos, sem nome
                                                     
Muitos deles não sabe nem onde eles moram
                             
Mas eles clamam, imploram
                                                       
E pra fazer a embarcação seguir as vezes choram
             
Mas eles vão prosseguindo
Um dia chorando o outro sorrindo
E nem fazem questão de aparecer
Pois eles ainda estão nos porões
Com os seus remos nas mãos
                                     
E vão remar nesta vida até morrer
                
E vão orar nesta vida...
"Ah, minhas irmãs do circulo de oração
Anônimas"