[Intro]              
 
Ja guardei meus aperos, nao mais sinto 
                             
A força do braço tentando pealar um novo amanhecer
            
A ferrugem no freio                     
             
Me aparta do sonho guri
             
Cada vez mais e mais
Ja nao sou mais parceiro dos convites pra dias baguais
          
De lida e marcaçao
          
Teimosia de velho 
      
Foi riscar de espora meu ruano
                         
Pra esconder dos netos que meu dia se chega
                          
Mais um dia se finda e a lida foi mais curta
                        
E a tristeza que sorvo se faz mais comprida
                     
China velha me bota a chalera no fogo
            
Ja pedi pros meus filhos mais velhos 
                      
Reparem os bichos, pois não posso mais
                      
Ja nao tranço meus laços, embordo os arreios
                       
Guardo um resto de luz, que me sobra nas vistas 
                          
Pra bombear no horizonte, o sol que vai embora
              
Roubando outro dia
A noite o sonho. encilho o baio
                
Me carrega de volta aos rodeios
Me poem no lombo dos aporreados
              
E amadrinha o meu desespero
           
Danço milongas com a madrugada
         
Morena saudade baguala
Reponto tropas entre em peleia
                   
Aposto a vida em qualquer carreirada
      
Mesmo que a morte emparelhe na raia
              
Me convidando a dobrar a parada
(              )
                          
Mais um dia se finda e a lida foi mais curta
                        
E a tristeza que sorvo se faz mais comprida
                     
China velha me bota a chalera no fogo
            
Ja pedi pros meus filhos mais velhos 
                      
Reparem os bichos, pois não posso mais
                      
Ja nao tranço meus laços, embordo os arreios
                       
Guardo um resto de luz, que me sobra nas vistas 
                          
Pra bombear no horizonte, o sol que vai embora
              
Roubando outro dia
A noite o sonho. encilho o baio
                
Me carrega de volta aos rodeios
Me poem no lombo dos aporreados
              
E amadrinha o meu desespero
           
Danço milongas com a madrugada
         
Morena saudade baguala
Reponto tropas entre em peleia
                   
Aposto a vida em qualquer carreirada
      
Mesmo que a morte emparelhe na raia
              
Me convidando a dobrar a parada