Direi das dunas brancas sob a luz do sol
Direi da eterna dança das sombras no chão
E um deserto guarda em seu silêncio o som
E na poeira de mil anos um milhão
De caminhos invisíveis
Com mais de mil milhas de extensão
Ruínas de cidades que o mundo esqueceu
Imagens congeladas como um longo adeus
As linhas que se cruzam na palma da mão
Disseram que o deserto é a ilusão.
Na areia escrevo história, os rastros que deixei
E o tempo apaga da memória o muito que andei
Um povo escuta a voz do vento e sua lei
Não há limite só existe o aqui e o muito além.
Sobre a terra, sob o céu
O deserto não é de ninguém.
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