(intro)        
              
                                        
Um dia partiu o pingo se foi não me lembro quando
                                     
Fiquei banido lá fora era bandido sem bando
                                  
Eu era um pé sem espora com a vida me atropelando
                                       
Saia e bebia uns vinhos pra ver a vida voando
                                   
Te via pelo caminho perdido me procurando
                                 
E não tem nada mais lindo do que um amigo voltando
                                                 
(Por isso digo aos meus dias que escorrem pelo gargalo
                                          
Vou viver com o pé no estribo quando encontrar meu cavalo)  (bis)
(intro)
                                     
A cerca guarda no grampo alguma crina de cola
                                    
Gaúcho não anda pé se anda não se consola
                                     
Até a lembrança de um potro me deixa um tanto pachola
                                     
O potro era da fazenda reiúno mesmo só eu
                                               
Que passo a vida encilhando cavalos que não são meus
                                  
E quando ganho um relincho lhes digo graças a Deus
( )
                                       
O patrão vendeu o potro como quem apaga um pucho
                                              
Um peão nunca diz nada sentir saudades já é um luxo
                                   
Anda um cavalo a esta hora com saudades de um gaúcho
                                            
Me deixem seguir buscando por estes campitos ralos
                                               
Dormir em cima da encilha só pra acordar com os galos
                                       
E andar cantando o rio grande só pra esperar meu cavalo
( )