Primeiro cruzamos caminhos
Corremos o verde do tempo
Pisamos o chão como índios
Nascemos do mesmo luar
E, então inventamos o futuro
Juramos a cumplicidade
E só essa lei nos regia
Até que a viola chegou.
O som possuiu nossos corpos
O canto partiu em viagens
Até onde a gente nem pode pensar
Falamos de amor, e outras rimas
Crescemos somando outras cores
Vibramos tanta lealdade
Que o inferno até se assustou.
De fato, teimosos que somos
Partimos direto pra briga
Não houve desfeita ou intriga
Que nos confundisse a razão
E cruzamos novos companheiros
De letra, de som e de crença
Retrato, pincel e de dança
De tudo que a arte criou.
O manto cobriu nossos corpos
E o canto partiu em viagens
Até onde a gente queria alcançar
Falando de amor e outras rimas
Contamos com a força de muitos
Colocando voz nesses olhos
Que chegam pra nos encantar.
E as vozes se tornaram tantas
Que não há mais palco e platéia
A gente que canta conosco
É o presente que deus nos legou
É parceiro
A gente que canta conosco
É a respota que a vida mandou.
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