Intro: Dm C (nx)
No céu cinzento sob o astro mudo,
Batendo as asas pela noite calada,
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada.
Se alguém se engana, com seu ar sisudo,
E lhes franqueia as portas à chegada:
-Eles comem tudo! Eles comem tudo!... (*)
-Eles comem tudo e não deixam nada! (*) x2
A toda a parte chegam os vampiros.
Poisam nos prédios, poisam nas calçadas.
Trazem no ventre despojos antigos,
Mas nada os prende às vidas apagadas.
São os mordomos do universo todo,
Senhores à força, mandadores sem lei.
Enchem as tulhas, bebem vinho novo,
Dançam a ronda no pinhal do Rei.
-Eles comem tudo! Eles comem tudo!...
-Eles comem tudo e não deixam nada!
No chão do medo tombam os vencidos.
Ouvem-se os gritos na noite abafada.
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada.
Se alguém se engana, com seu ar sisudo,
E lhes franqueia as portas à chegada:
-Eles comem tudo! Eles comem tudo!...
-Eles comem tudo e não deixam nada!
-Eles comem tudo! Eles comem tudo!...
-Eles comem tudo e não deixam nada!
- Abril sempre!
Cumprimentos do Ernesto.