Intro:             
                                                        
Esse meu jeito de fronteiriço, foi o serviço que deu prá mim
                                              
Jeito de taura que foi tropeiro naqueles cerros lá donde eu vim
                                            
A minha alma de sombra larga rincão de tala e flor de alecrim
                                                     
Herdei das tardes de porcelana nas ressolanas do mês de abril  Bis
                                           
(Quando a tristeza fez silhueta dei mais gambetas que um graxaim
                                                     
Mas a saudade me deu um pealo e parou o cavalo prá ver cair
                                    
E a emoção de campeiro rude enquanto pude guardei prá mim
                                     
Botei prá fora naquela hora que te perdi
                                                
Morena linda, caçapavana, diz que me ama e volta prá mim
                                                        
Adoça o mel desta lichiguana que eu largo a fama de camoatim
                                                  
Morena linda caçapavana diz que me ama e volta prá mim)
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Eu sou mestiço de campo e mato de carrapato e guamirim
                                                
Trago na pele o que a japecanga de cada sanga escreveu em mim
                                           
Sou um dos tantos que num matungo virava mundo prá ser feliz
                                                   
Que o cabresto de uma morena levou sem penas prá donde quis  Bis
[INTRO]