Cancela de volta que eu tanto cruzei
E marcas deixei de antigas cruzadas
Cortando os caminhos que levam ao nada
Meus sonhos sozinhos me acenam da estrada
Cancela de volta, tu tens o destino
Do índio teatino que o tempo levou
Não peço e nem dou nas voltas do mundo
Que guardam no fundo o gaudério que sou
Te peço, cancela, me deixa cruzar
Preciso encontrar o que um dia perdi
Não sou mais guri, branqueei as melenas
Ao peso das pernas sei que envelheci
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