Um velho sentado... Em frente a uma palhoça
De chapéu de palha, fumando um cachimbo
Cheio de fumo de corda da grossa: onde é?
É lá na roça, sinhá! É lá na roça!... é lá na roça, sinhá! É lá na roça!
Passa em frente do terreiro... um boi puxando a carroça
O velho chama o carreiro... pita o cachimbo e se coça
Diz a ele: companheiro... se essa terra fosse nossa!
Onde é? É lá na roça, sinhá!... é lá na roça!
Tendo angu e uma verdura... a família toda almoça
Um tostão de rapadura... o café da gente adoça
Mas sobrava mais fartura... se essa terra fosse nossa!
Onde é? É lá na roça, sinhá!... é lá na roça!
O carreiro então caçoa... e leva a coisa na troça
Os ricos são gente boa... o pobre é que não se esforça
Tu não tava aí à toa... se essa terra fosse nossa!
Onde é? É lá na roça, sinhá!... é lá na roça!