Amargurado pela dor de uma saudade 
                                 
Voltei de novo o recanto onde eu nasci 
                             
Onde passei minha bela mocidade, 
                                      
Voltei chorando da tristeza que senti 
                                     
Vi a campina que eu brincava com maninho 
                                  
vi a palmeira que meu velho pai plantou 
                            
Chorei demais com saudades do velhinho 
                              
Que deus no céu muitos anos já levou 
 
                                
E onde estão meus estimados companheiros 
                                          
Se foram tantos janeiros desde que deixei meus pais 
                       
Adeus lagoa poço verde da esperança 
                                    
Meus tempinhos de criança que não volta nunca mais  
                                                      
                                  
Meu pé de cedro desfolhado já sem vida 
                             
Final amargo de uma rósea esperança 
                               
O monjolinho quero ouvir sua batida 
                          
A embalar a minha alma de criança 
                        
Manso regato que brotava la na serra 
                           
saudosa fonte que alegrava meu viver 
                              
Adeus paisagem céu azul da minha terra 
                                  
Rincão querido eu hei de amar-te até morrer
                                
E onde estão meus estimados companheiros 
                                          
Se foram tantos janeiros desde que deixei meus pais 
                       
Adeus lagoa poço verde da esperança 
                                    
Meus tempinhos de criança que não volta nunca mais