Aquele que, comigo, quando eu choro, chora,
Aquele que comigo dança,
A este jamais direi:
Ora, não me amoles!
Porque se como o ferro com ferro se afia
Afia o homem a seu amigo,
Isto hoje te digo:
Podes me amolar!
Ó Deus, dá que quando entre eu e meu amigo
Houver atrito, a ponto de sair faísca de fogo,
Que eu não me desaponte porque este tal
É enviado teu pra que eu não fique cego.
Porque cego não vê que sem o esmeril
Se perde o fio, o gume,
Quem pode perceber não perde a comunhão, assume,
Estende a mão, aceita a pedra de amolar.
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