Abre a boca de cansada
A mula da agonia
Chicoteia as costas magras
O Homem da estrebaria
Não dá asas ao descanso
Com o chicote levantado
Estimula a ponta do nó
Aos gritos como tarado
Refrão:
Dá-lhe um couce minha besta
Está na hora de mudar
Agarrando no chicote
E começa a avançar
Não te encolhas na cadeira
Á espera do que há-de vir
A cabeça desta mula
Pode algum dia servir
A mula assustada encolhe-se
E trabalha até doer
Sem coragem para lutar
Só lhe resta obedecer
Pobre bicho judiado
Por quem o pôs a vender
Algum dia fica a jeito
E apanha um couce a valer
Refrão (2x)
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