Introdução:
No céu cinzento, sob o astro mudo
Batendo as asas p la noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada {Bis}
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios, Poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força, mandadores sem lei
Enchem as tulhas, bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada {Bis}
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada {Bis}
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada {Bis}
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada {4 vezes}