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num cerrito descarnado
                    
perau de pedra e de tuna
clareado de blanca luna
                 
a moldura arredondada
no arrancar da madrugada
                 
se enxergava uma figura
                
lá no topo das altura
                      
negra estampa apaixonada
                       
o verde pasto da pampa
            
pelo sereno molhado
                
e o casal apaixonado
                 
na noite de primavera
      
estar assim quem me dera
           
cobiçei de relancina
            
pensando na triste sina
                 
do meu coração tapera
                               
bombeava, bombeava o corvo pra corva
                   
e ela com olhar de mona...
                      
retinta como a cambona
                    
floreava o bico nas pena
                     
e o corvo véio torena
                      
vaqueano e cooperativa
                       
largou uma asa por riba
                    
abraçando a linda morena
(solo de gaita, violão repete introdução)
lembrei de volta as passadas
                   
num pala preto que tinha
e o galopito que vinha
              
em direção ao povoado
e sempre o mesmo bragado
                    
pingo de rédea e de pata
                    
lembrei também da mulata
                   
por quem tive enfeitiçado
         
assim se deu o romance
            
pra quem se lembra o espanto
           
e juro por qualquer santo
                      
e inté por nossa senhora
             
que descobri nesta hora
                 
a força bruta do amor
            
e lhes digo sim senhor
                   
que corvo também namora
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