Estou farta da injustiça que assola este lugar,
Deste povo egoísta que só pensa em machucar,
Desta gente delinqüente que pisa, pra se dar bem,
No pequeno, no carente, que não tem por si ninguém!
A gente vai se cansando, e começa a pensar
Se um dia foi diferente, se um dia vai mudar...
A gente entoja tanto que não acredita mais
Nesse papo de harmonia, de felicidade e paz...
Mas o que eu faço, então, se a fé se acabar,
Como é que eu vou conseguir respirar?
Me diz o que eu faço, então, pra voltar a sonhar,
Se o que é real eu não posso tocar?
Eu olho pra você, mas não o reconheço;
Não é mais o mesmo que era no começo.
Agora é um igual, entre tantos iguais...
Pois pra ser alguém, tem que fazer o que faz...
E quem era diferente, que lutava pelo bem
Colabora, inconsciente, nas trevas que se mantêm
Obscurecendo a vida de quem tenta despertar
Massacrando sem piedade quem não quer se adequar...
Mas o que eu faço, então, se a fé se acabar,
Como é que eu vou conseguir respirar?
Me diz o que eu faço, então, pra voltar a sonhar,
Se o que é real eu não posso tocar?
(Repete o refrão. Na repetição, final do refrão ?Se o que é real eu não posso tocar")