Quando eu descobrir o segredo
               
da neblina cinzenta
                     
que torna a água barrenta
                          
e sem perdão me esmaga o peito
                        
Quando se levantar de repente
               
a névoa que cobre o rio
                     
que gela tudo de frio
                   
escura-se a corrente
                     
Longa se torna a espera...
                  
na névoa que cobre o rio
                
Lenta vem a galera...
                   
na noite que quita de frio
    
E quando...
                        
Quando eu apanhar finalmente
               
o barco para a outra margem
                     
outra que finda a viagem
                   
onde se espera por mim
                        
Terei, terei mais uma vez forças
               
para enfrentar tudo de novo
                     
como a galinha e o ovo
                   
num repetir de desgraças
                     
Longa se torna a espera...
                  
na noite que quita de frio
                
Lenta vem a galera...
                   
na névoa que cobre o rio
                     
Longa se torna a espera...
                  
na noite que quita de frio
                
Lenta vem a galera...
                   
na névoa que cobre o rio
    
E quando...