Intro:      
                                  
Seus olhos cansados, as rugas no rosto
                             
A beira do rancho mateia solito
                                  
Reponta lembranças por muitos caminhos
                                     
Campeando as estrelas pelo infinito
                                 
O tempo sem trégua o leva aos poquitos
                                     
E a geada dos anos lhe envolve a melena
                                    
Tropilha de sonhos cruzando a memória
                                    
Potranca saudade ele já não enfrenta
                        
Lhe resta os arreios, a roupa surrada
                                     
E um ponchito velho que está no galpão
                                     
As muitas histórias de um tempo passado
                               
Trabalho pesado, as lidas de peão
(Repete o Refrão)
                               
O berro do gado perdeu-se a distância
                               
Caminha parceira lá junto do boi
                              
A vã esperança que a vida melhore
                                       
E a força do braço que a muito se foi
                                    
As noites são longas e os dias infindos
                                
Apenas um mate lhe aquece e acalma
                                    
Um pouco da pampa floresce em sua imagem
                                 
Raizes que brotam do fundo da alma