(intro)         
             
Guardiãs de Pátria memorial dos ancestrais
                                 
Onde trevais nascem junto ao pasto verde
Sangas correndo, açudes e mananciais
                                     
Pra o ano inteiro o gaderio matar a sede
Grotas canhadas e o poncho do macegal
                                 
Para o rebanho se abrigar nas invernias
Varzedo grande pra o retoço da potrada
                                   
Mostrar o viço e o valor das sesmarias
                                
Sombras fechadas de imponentes paraísos
         
Donde resojam pingos de lombo lavado
                                  
Que após a lida até parecem esculturas
                                     
Molhando a frente do galpão, templo sagrado
           
Pras madrugadas mate gordo bem cevado
          
Canto de galo que acordou pedindo vasa
                             
Cheiro de flores, açucena, maçanilha
                                            
E um costilhar de novilha pingando graxa nas brasa
        
                 
Pra os queixos crus os bocais dos domadores
                                  
Freios de mola pra escramuçar bem domados
E pras os turunos ressabiados de porteira
                                     
Um doze braças mangueirão dos descampados
               
Pra os chuvisqueiros galopeados de Minuano
                                       
Um campomar castelhano e o aba larga desabado
Pra o sol a pino nos mormaços de janeiro
                                              
Um palitado avestruzeiro e o bilontra bem tapeado
          
Pras nazarenas garrão forte, égua aporreada
           
Pras paleteada um cepilhado de coxilha
            D#m7                        C#m7     (bis)
Para o progresso do Rio Grande estas estâncias
                                 
Mescla palácio com mangrulho farroupilha