Dueto Das Invernias
César Oliveira e Rogério Melo
Letra

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-A
LETRA (VER LETRA CON ACORDES)

O inverno chegou guasqueando

Rebencaços de Minuano

Sapecando o couro paisano

E o tapete das sesmarias

Veio arrepiar o pêlo

Do "egüêdo" no socado

Assoviando no arramado

O dueto das invernias

Esta aragem sulina

que se agranda a "encaranga"

Esbarra num bichará

E no meu cabungo tapeado

Faz talarear compassado

As rosetas das "espuelas"

Rebojando a "pontesuela"

Na franja do meu gateado

Um velo branco descamba

Pelo lombo das canhadas

Com apojos de alvoradas

Desaguachada em sereno


Num trotezito tranqueado

O vento tosta a macega

Calando a geada sem trégua

No repechar do terreno


Num trotezito tranqueado

O vento tosta a macega

Calando a geada sem trégua

No repechar do terreno


Com meia braça de sol

A tarde bolca mermando

E a noite se arranchando

Sombreia várzea e coxilha

O sopro que vêm dos "Andes"

Vara a quincha do galpão

Mas se trompa com os tição

Fogoneando coronilhas

Então encosto o porongo

Ao pé da guacha cambona

Sobre as abas da carona

Dou de mão na botoneira

No templo de picumãs

Aqueço sonhos e segredos

Desentanguindo meus dedos

No braseiro das ilheiras

É assim que um fronteiro

"Aquebranta" as invernias

"Aclimatando" as sinfonias

De rangir "paysandu" em potros

Há uma pai-de-fogo que guarda

A alma bugra no templo

Ou vem por diante dos tentos

Num rancho marca piloto


Há uma pai-de-fogo que guarda

A alma bugra no templo

Ou vem por diante dos tentos

Num rancho marca piloto


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