(intro)
Se Deus me abençoa
Chego de a cavalo levantando poeira
Eu sou da fronteira
E tenho a alma inteira neste chamamé
Por um bem querer
Encurto distâncias não importa as léguas
Que a sorte renega
Quem não mete ?os peito" e faz acontecer.
O meu argumento é um verso gaúcho
Que sovei na estrada
Repontando a eguada
Que de potros xucros fiz pingos de lei
Sou de campo fino de horizontes largos
De amor e saudade
E ando a vontade na pampa do mundo
Em que me acostumei.
(Dou graças a Deus e sigo meu rumo... bem assim no más!
Batendo na marca talareando esporas refazendo planos
Só quem tem tutano costeia esta vida na força do braço
E quando arma o laço por certo não fica matreiro pra trás.) (2x)
Se Deus me permite
Vou alçar a perna... já pedi bolada!
Nesta pataquada
Da estampa grongueira das voltas de peão
O sorriso franco
O jeito singelo de fazer amigos
Pra cada perigo
Um gesto um abrigo um aperto de mão.
De alma lavada repasso os costumes
Renovo a esperança
Sou velho e criança história curtida
De terra e fumaça
O sangue da raça que ferve nas veias
Sustenta um sulino
Que bebe o destino nas águas correntes
Do tempo que passa.
(refrão)