Intro:  
Ainda nem rompeu a aurora
Nos confins do firmamento
E já se vê o movimento
Da indiada arrastando espora
Então parece que as horas
Passam mais desapercebidas
E as ansiedades da vida 
Pedem boca de algum jeito
Quando um piazito abre o peito
Na volta da recolhida
É onde se agarra um quebra
Que tenha sangue nos olhos
Pois um covarde se achica
                      
Quando um malo se embodoca
Aos gritos de vir a frente
A cavalhada entra em forma
E o índio que sabe as normas                 
                      
Não refuga o que lhe toca
                 
Um par de roseta grande
                 
Um sombreiro requintado
                 
Um tirador de vaqueta
                 
E uma gana por semblante
                 
Morrer, mas morrer Peleando
             
Jamais frouxá o garrão
             
Com a pampa no coração
             
E as inquietudes por diante
Nas recorridas de campo
Até mesmo num aparte
Balanceando nos fiadores
                      
Ou amadrinhando um potro
                     
Porque o flerte é companheiro
                
Parceiro dia após dia
                
Sempre que o galo anuncia
                
Que veio no rastro do outro
Assim desponta no passo
A novilhada dos fundo 
Pedindo boca pro mundo
O ponteiro ganha espaço
Se agranda num "cavajaço"
No rodeio bate guampa
Na culatra outra estampa
Estrala um relho de braça
E a cuscada se adelgaça
Quando atropela nas pampa
As volteadas de uma estância
Castigam a alma de um guapo
Pois lombo cavalo não é bem o que se acha
Mas um taura que se anima
Terceia por essas léguas
Virando a boca da égua
Num grito de vai ou racha
Um par de roseta grande...
Nas recorridas de campo...