Intro:       
 
                                      
A negritude trazia a marca da escravidão
                                           
Quem tinha a pele polianga vivia na escuridão
                                           
Desgarrado e acorrentado, sem ter direto a razão
                                              
Castrado de seus direitos não tinha casta nem grei
                                                   
Nos idos de trinta e cinco, quando o caudilho era o rei
                                     
E o branco determinava, fazia e ditava a lei
                                     
Apesar de racional, vivia o negro na encerra
                                           
E adagas furavam palas, ensangüentando esta terra
                                     
Da solidão das senzalas tiraram o negro pra guerra
                                     
(peleia, negro, peleia pela tua independência
                                        
Semeia, negro, semeia teus direitos na querência)
                                              
Deixar o trabalho escravo, seguir destino campeiro
                                             
As promessas de igualdade aos filhos no cativeiro
                                      
E buscando liberdade o negro se fez guerreiro
                                            
O tempo nas suas andanças viajou nas asas do vento
                                                
Fez-se a paz, voltou a confiança, renovaram pensamentos
                                    
A razão venceu a lança e apagou ressentimentos
                                            
Veio a lei afonso arinos cultivando outras verdades
                                               
Trouxe a te do amor para uma safra de igualdade
                                       
Porque o amor não tem cor, sem cor é a fraternidade
                                           
(peleia, negro, peleia com as armas da inteligência
                                           
Semeia, negro, semeia teus direitos na querência)