Me emponcho de experiência e estrada
                 
Dos cavalos que domei
De tropa cruzando cochilhas
                  
Carreteadas que troteei
  
Lançante, brete, quadra e campo
  
Emponchado em xucros corcoviei
   
A cada corcovio um laçaço
                   
Domando a vida me criei
 
Chega um tempo me paro abancado
                                     
Por vez me pergunto onde é ofício pra mim
                            
Por que um taura na lida envelhece
                               
E a vida parece que é xucra no fim
 
Ontem o mango, hoje o peso da cuia
                                   
Me enverga a coluna que eu caia no chão
                                
Pra esse véio esta cuia é uma crina
                                   
Morte grudado é sina, não largo de mão
 
Lembrar rebolca o pensamento
            
Solavanca solidão
Pois mandalete de fazenda
                   
Não dá rédea ao coração
                         
Fui piazito muntado num sonho
Ter meu rancho, minha criação
      
Fui maneado nas rédeas do tempo
                          
Sem cavalos e arreios no chão.