A Morte de Um Potro
César Oliveira e Rogério Melo
Letra

+A
-A
LETRA (VER LETRA CON ACORDES)
[Intro]


E|11010101|
B|33331|
G|22223246|
D|000|
A||
E||


Na pata do potro

O talho do arame

Do sangue no pasto

O golpe no chão

Se desata a rédea

E a campana do estrivo

Vai sonando nos basto

Numa prece ao rincão!


A morte de um pingo

Na lida da doma

É tristeza que assoma

No olhar de um campeiro

Se vinha blandeando

Terceando com a espora

Num berro, que agora

É silêncio ao potreiro!


Assim cruza o rastro

O índio vaqueano

Buscando o abandono

do que amadrinhou

Saber da trompada

Queu viu contra o mato

E o potro veiáco

Se descogotou!

Se descogotou!


Retornam chilenas

E as cordas de arrasto

A cincha e os basto

Numa ausência de lombo

Ficou um pedaço

De pampa estendido

E o pago sentido

No quadro de um tombo!


Talvez a querência

Anoiteça mais triste

Mas o campo se arrima

Na sorte de um outro

Ficou a mirada

Lembrando do estouro

Na falta do couro

Das garrão de potro!


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