Olha a mangueira cavalo ecoa lá do potreiro
Vem se trompando matreiros sobre o charco do barral
Encostam encontros na forma roncando vento e virilha
Até que toda tropilha mete a cara no buçal
Graxa pingando na brasa ronco de mate e cambona
E tilintar de choronas lavrando o chão do galpão
O movimento da encilha deixa a cuscada latindo
E eu adelgaço meu pingo no abraço do cinchão
(Quatro galhos bem atados lá na grimpa do sabugo
Que eu sou de pecha refugo contra a estronca da porteira
Depois de bem estrivado sobre os esteios dos loros
Solto um silbido sonoro pra minha escolta ovelheira)
Int.
"É em direção ao rodeio que se laça terneiro novo
E eu não aprendi no povo esta ciência campeira
Ando sovando cavalo, curtindo o couro do basto
Bolqueando rastro de casco benzendo peste e bicheira?
Saio ao tranquito pro campo assobiando uma toada
Mirando a estampa encarnada do horizonte fronteiro
A barbela com o coscorro duetam com maestria
Regendo uma sinfonia no aço branco do freio
Aparto a vaca com cria é um mandamento pampeiro
Que a precisão de campeiro ta no punho e na armada
Num pealo de sobre-lombo abro pra fora o picaço
E o terneiro tá no laço e a vaca com a cachorrada
( ) Int.
Final: