(intro)              
                                    
Quando tapeio o meu sombreiro sobre a nuca
                                      
O coração me cutuca, bate forte igual cincerro
                                      
Sinto que o sangue pulsa mais forte nas veias
                                             
Parece que me arrodeia o assombro de Martin Fierro
                                 
Me criei solto, correndo pelos banhados
                                            
Gritando forte com o gado, nos dias de lida bruta
                            
No batoví, extraviei sonhos e mágoas
                                               
Que se olvidaram com as águas, das cheias do reculuta
           
(Cortei caminhos em culatras e fiadores
                                           
Erguendo penas e amores, num grito largo de venha
                                  
Rondei recuerdos em noites de calmarias
                  D7                    Gm  (bis)
Aclimatando invernias na minha pampa surenha)
(intro)
                                   
Trago nos tentos poncho emalado e saudade
                                            
De um tempo que foi verdade e a cada aurora rebrota
                               
A vida passa e a mala suerte se adoça
                                                
Depois que a espora faz mossa no contra forte da bota
                                    
Nasci num rancho, quinchado de Santa Fé
                                        
Sou de junco e aguapé, caraguatá e japecanga
                                      
Sou do Rio Grande, meu pago retrata a estampa
                                          
De touro que afia a guampa nos cacurutos da sanga
(intro)