Intro:   
 
Naquele sabado lindo
                     
Tinha um baile de bombacha
E olhando os outros saindo
                       
Um peão sólito, achou graça
                          
Porque as pilchas que ele tinha
                     
Já estavam muy remendadas
                   
Foram sacos de farinha
                          
Com as letras já desbotadas
                       
Baile lindo pra ir de carreta
                         
Sina de escravo, é a do boi
                      
Volteou um baio lança seca
                      
E pro baile também se foi
                      
Volteou um baio lança seca
                        
E pro baile também se foi
 
 Vida amarga essa do peão
Que não pode ir pras carreiras
Nem ver gaita de botão
              
Tocando chote, rancheira
                         
Quando ao rancho foi chegando
                    
Deu um baque na cancela
                    
E ao luar ficou espiando
                         
Pelas frinchas da janela (2x)
 
Quieto ali, cheio de encanto
                       
Viu os olhos de uma prenda
Como ele ali num canto
                      
Triste, só fazendo renda
                     
Mandou ali santo pra ela
                       
E foi contando seus segredos
                        
E entre as sombras da janela
                           
Lhe beijou a ponta dos dedos
                  
Viu ali o peão caipora
                      
Com sabor de um beijo puro
                   
E encendiando a cor da aurora
                      
Co as promessas do futuro
                        
E encendiando a cor da aurora
                        
Co as promessas do futuro
 Foi-se embora com mistérios
De uma noite enluarada
Companheira do gaudério
             
De bombacha remendada
                    
Com clarão dos olhos dela
                       
Trouxe a lua, estrela guaxa
                       
Como o feitil de uma janela
                 
Remendada na bombacha  (2x)
Naquele sábado lindo...