Intro:  
               
Chiripá de saco branco 
                   
Lenço atado a meia espalda 
                        
E uma vincha aqui se esbalda 
              
Na melena esgadelhada 
                    
Na cintura, a carniceira 
                
Companheira de degola 
                     
E um ? Quarenta ? de argola 
                
Pra garantir a querada 
                 
Carcaça de puro cerne 
                   
Forjada em têmpera guapa 
                     
Com a rude estampa farrapa 
                    
Plantei tenência  de mau 
                   
E a descendência da raça 
                 
Semeei no eco do berro 
                       
Brincando de tercear ferro 
                   
 Com chimango e pica-pau 
                  
Relampeia ferro branco 
                    
Também troveja a garrucha 
              
Nesta milonga gaúcha 
                       
Que, por taura não se enleia 
                
Peleia dando risada!! 
                   
Porque o macho se conhece 
                    
Porque o macho se conhece 
                 
É atrás do ? S ? da adaga 
                  
Debaixo do tempo feio 
             
Só a coragem sustenta! 
                 
Pode faltar ferramenta 
                     
Mas sobra a fibra guerreira 
                      
Pois quem herda a procedência    
                 
Do nobre sangue farrapo 
                     
Só morre queimando trapo 
                 
Peleando pelas ladeiras 
                     
Com o instinto libertário 
                    
E o tino de um fronteiro 
                   
Eu era um clarim guerreiro 
                     
Pondo em forma o rio grande 
                  
Pois a grito e pelegaço 
                   
Fiz a pátria que pertenço 
                    
Cabrestear para um lenço 
                
Maragateado de sangue.