Num trote fronteiro de atirar o freio
Vou topando o vento só por desaforo
De ganhar a vida num Gateado Oveiro
Louco de faceiro junto dos cachorros
Pelo campo fora, pelas campereadas
Apresilho os olhos num florear lindaço
De arrastar pro toso as ovelha mestra
E tudo que não presta de arredor do rancho
Me pilcho bem lindo, tipo pro namoro
Cabresteando as rugas deste amor bagual
Que, ao cambiar das léguas, vai boleando a perna
Pra Santana Velha do Rio Uruguai
Me pilcho bem lindo, tipo pro namoro
Cabresteando as rugas deste amor bagual
Que, ao cambiar das léguas, vai boleando a perna
Pra Santana Velha do Rio Uruguai
De sovéu bem curto, vamo, meu cavalo
Amagando pealos nesses mundaréu
Atorando as chircas numa manga d'água
Amadrinhando a mágoa sem tirar o chapéu
Semo um do outro sem rasgar baixeiro
Adelgaçando o pêlo neste manancial
Aparando as crina' do pescoço à orelha
De uma égua prenha sem passar o buçal
Me pilcho bem lindo, tipo pro namoro
Cabresteando as rugas deste amor bagual
Que, ao cambiar das léguas, vai boleando a perna
Pra Santana Velha do Rio Uruguai
Me pilcho bem lindo, tipo pro namoro
Cabresteando as rugas deste amor bagual
Que, ao cambiar das léguas, vai boleando a perna
Pra Santana Velha do Rio Uruguai
Do Rio Uruguai, do Rio Uruguai, do Rio Uruguai
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