Intro.:          
                 
Nesta folga domingueira 
                        
Trancei um bucal de estouro 
                    
Pra amanunciar, a eu modo,
                       
Esta beleza de mouro.
                   
Lonqueando tentos, cantava
                  
Minha própria confidencia
                 
Pra fazer deste cavalo
                   
O melhor desta querência.
             
Um  bocal de tamanduá
                 
Lombilho, cincha e carona
                  
E aquele entono de quebra
                             
Pra levanta a Siá Dona.
                
(Quem doma sabe o valor 
                     
De um flete manso e ordeiro
                
Valente e doce de boca
                  
Para um aparte campeiro.
                
Pelo fiador do buçal 
                  
E ao meu santo protetor
                
Este cavalo de lei
                
É a alma do domador.
               
O valor da sua raça
                 
Semeará aos quatro ventos,
                
Côa força do seu estado
                   
A bate cola nos tentos.
                        
E o Rio Grande que, de longe
                 
Vem montado nesse embalo 
                   
Será grato a vida inteira
                
As patas deste cavalo.)
        
( )