De caixo atado troteia firme o meu mouro
Luzindo a estampa de pingo dos meus arreios
Me balanceio e tenteio do estrivo a outro
Rumo ao povoado no reponte deste anseio.
Meu mouro pampa que se embala nas ponteadas
Masca o bocal com jeito de redomão
Se balanceia babando uma espuma branca
Passarinheiro quase nem pisa no chão.
Eu trago a alma já templada pela gana
De atar meu mouro no palanque da ramada
Na manha clara e um domingo ensolarado
Que se destapa no olhar de quem me agrada.
Onde te vejo...
Mais linda que a estrela D'alva.
Ânsia e feitiço...
Graça da flor do aguapé.
Que me bolqueia o domínio do teu encanto
E um rancho pampa quinchado de Santa Fé. Bis
Onde te vejo...
Mais linda que a estrela D'alva.
Ânsia e feitiço...
Graça da flor do aguapé.
Como eu queria que este mouro que hoje encilho
Tivesse a marca deste simples domador
Pra que eu pudesse junto ao carinho de um mate
Dar de presente pra ti com sincero amor.
Mas algum dia se Deus, quiser lá na estância
Por uma doma se o patrão me permitir
Renomoneio um picasso lunarejo
Que taulherano e dou de presente pra ti.
Toso a capricho, corto os cascos e adelgaço
Ajeito um nome que seja do teu agrado
Não sou guasqueiro mas pra minha linda eu me atrevo
E com carinho faço um preparo ponteado.
Eu sei que é pouco...
Pra ti que merece tanto!
Talvez um dia...
O meu destino seja outro.
Eu me costeie frente ao teu grito de forma
E tu embuçale o meu coração de potro. Bis
Eu sei que é pouco...
Pra ti que merece tanto!
Talvez um dia...
O meu destino seja outro.
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