Intro:    
          
Lacei um touro brazino,
        
Num tordilho redomão,
           
Que se arrastou corcoveando,
           
Não pude "livrá" o tirão...
        
Me fui longe, gineteando,
           
Tirando algum sestro e balda,
        
E o matreiro foi pra o campo,
             
Com o meu laço a meia espalda.
Lembrei dum amor que eu tinha,
Indo um pra cada lado,
                       
Vi o laço que nos prendia,
                            
Na presilha, rebentado...
Senti saudade da trança,
Daqueles lindos cabelos,
          
Que me traziam na cincha,
Sem precisar de sinuelo.
(Intro)
           
Já fui matreiro e sem doma,
         
Rebentador de presilha,
          
De não parar no rodeio,
           
E nem formar com a tropilha.
         
Mas a gente se costeia,
        
Um dia froxa o garrão,
        
Vem lamber o sal mais doce,
                
Do cocho do coração.
E se um dia eu for guasqueiro,
Do couro desse brazino,
                     
Vou trançar um laço forte,
                            
Pra "arrematá" o meu destino.
Quem sabe ela me perdoe,
E faça eu virar de frente,
            
E as braças do nosso amor,
Nenhum tirão arrebente.
Quem sabe ela me perdoe,
            
E faça eu virar de frente.
Intro