Intro:   
 
Eguada arisca, manhã cedo, geada grande
                                      
Estância linda junto ao marco da fronteira
                           
Estampa rude de boinita retovada
                            
No trote largo da petiça piqueteira.
 
Negro amarante que abre o peito no potreiro
                                  
Êra cavalo! olha a mangueira pilungama
                                    
O tio nicácio saltou queimado pra o mate
                                               
Lidou com as tranças e se amaziou com a própria cama.
 
Meto o buçal no potro baio do guri
              
Que do patrão, seu gomercindo, é o piá mais novo
                                     
Pois me entregaram pra domar bem a preceito
                                              
Que é pra os rodeios do piquete lá do povo.
 
Ajeito as garras bem nas cruz do cabos-negros
                                     
Xergão, carona e o velho basto paysandú
                                               2X
Aperto a cincha e dou um tapita nos pelegos
                                
E uma cuspida no bocal de couro crú.
(INTRO)
 
De quatro-galhos quebro o tacho bem pachola
                                     
Travo as esporas pra evitar arrependimento
                                  
Alço a perna e sem receio levo o corpo
                                        
Ouvindo os guizos da argola dos quatro tentos.
 
Oigale-tê, coisa bem linda esse meu mundo
                                        
Ganhar uns cobres sobre o lombo de um bagual
                                     
Dando tirão na sorte arisca, campo a fora
                                  
E ouvindo o vento a dedilhar no macegal.