"Um certo dia numa tarde mormacenta
A tropa seguia mansa com a condução do tropeiro
Bem perto do para douro onde descansa a peonada
Entre o barranco e a estrada
Junto à cerca se avistou
Uma arma branca que brilhou
Entre os resquícios de história
Herança de lida e glória que no passado ficou"
Parte 1:
        
O tropeiro veterano entusiasmado 
                             
Meio cansado pegou a adaga na mão 
                                  
Deitou os pelegos na sombra de uma ramada
                            
Ia prateada por cima do coração
                                  
Adormecido viu a adaga numa instância
                                     
Cortando fumos nas mãos de um peão caseiro
                                     
Tempos de quebra encravados nessa história
                               
Rememorados nas mãos de algum campeiro
Refrão 2x:
                                  
Quem sabe alma da adaga esteja viva
                                  
Sempre cativa em cada mão que nela pega
                              
Traz no seu aço sesmarias de memória
                                    
Em cada história que no tempo ela carrega  
Intro:     
Parte 2:
Em 35 em meio da polvadeira
                           
Foi a primeira a pelejar por resistência
                                   
Esteve firme nas mãos de Bento Gonçalves
                                 
Quando os gaúchos lutaram pela querência
                                   
Esta prateada ainda tem ganas de cortes
                                   
Pois foi na sorte que guardou identidade
                                   
Foi testemunha que esta terra tinha dono
                                
Quando Sepé gritou por nossa liberdade.