(        )
(       )
                      
É de vereda, parceiro, que o golpe firma na trança
                       
Se o braço busca a distância, no estender da canhada
                     
Uma terneira abichada, que achata a cola por conta
                    
Ritual gaúcho na estampa desta querência sagrada
                           
É de vereda, parceiro, com a bota sempre estrivada
                       
Que aparto um boi na invernada pra garantir o sustento
                    
Chapéu tapeado com o vento, num barbicacho apertado
                           
E um peleguito virado, nesse fundão mormacento
(refrão)
                      
Salta calando, parceiro, salta calando
                       
Faz um bichinho e afirma a perna no más
                       
Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo
                  *
Que a zebuada sobra pata por demás
(                 )
                   
E de vereda, parceiro, vamos rangindo a carona
                   
Num resmungar das choronas, nalguma folga domingueira
                    
E a sina, por balconera, faz esbarrar na cancela
                      
Pra tirar a poeira da goela num bolicho de fronteira
                          
É de vereda, parceiro, que a noite vem espiando
                     
Junto aos buracos do rancho de uma peleia passada
                       
E o vício ronda a indiada, num destorcido com canha
                          
Piscando um olho na sanha e metendo sorte clavada
(refrão)
(          )